O conjunto das relações humanas que surgiram organicamente durante os milênios da nossa história comum formaram a nossa maneira de viver. Através dessas relações, entendemos quem somos e qual é o nosso lugar no mundo, formamos a nossa religião cristã (a qual acreditamos ser a base da nossa existência), a nossa moralidade (que não relativizamos e temos como valores absolutos), os nossos países e a nossa civilização ocidental, construída pelo próprio cristianismo.
Toda essa história foi regada por erros e acertos, e foi através deles que a nossa convivência foi se aprimorando a cada nova geração. Erramos muitas vezes e tivemos que retroceder. Aprendemos com os erros do passado, afiamos as nossas relações. Apesar de todas as idas e vindas da história humana, esse processo foi natural e derivou de toda a sociedade.
O conservadorismo quer preservar essa maneira de viver que surgiu com a ajuda de toda a humanidade. Ele busca a permanência dessa tradição que os seres humanos levaram tanto tempo para produzir: religião, família, valores, convivência, comércio, etc. Resumindo: a nossa história.
Nesse sentido de permanência e preservação, o conservadorismo é o contrário da quebra de tradição, do progressismo, da ideia de começar do zero, sem referências passadas. O progressismo busca apagar o nosso passado e destruir o nosso presente para criar um futuro utópico e antinatural que nasce dos pensamentos que só existem na cabeça de maníacos que só buscam o poder.
Assim, o conservadorismo é o contrário de uma ideologia. O conservadorismo, como o nome diz, busca conservar a tradição para avaliar o presente e seguir de maneira orgânica e segura para um futuro que é formado pela nossa experiência como civilização milenar, e não por uma ideologia que busca implantar uma ideia pronta na sociedade.